terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Saber acabado versus saber em processo


Por Daniel Limeira dos Santos[1] 

A concepção de que o saber é socialmente produzido é crucial para o processo de ensino-aprendizagem. Ela reforça a ideia de que o saber está sendo processado continuamente, geração após geração. E se contrapõe, dessa forma, à ideia do “saber acabado”, pois é sabido que a sociedade está em constante mutação. 

Por essa razão, o saber produzido em uma geração pode se tornar obsoleto e inútil para a próxima, caso não sofra as devidas adequações. Porém, é interessante ressaltar que nesse processo de adequação o que foi construído anteriormente não é descartado, mas apropriado, processado e aperfeiçoado.

Dessa forma, o saber produzido em uma determinada geração terá, necessariamente, suas raízes fincadas no saber produzido nas gerações anteriores. Um exemplo prático desse processo é a evolução experimentada pelos atuais computadores ao longo dos anos.


Assumir que o saber não está/é acabado, e de que ele é produzido socialmente traz reflexos importantes para o processo de ensino-aprendizagem. A partir desse paradigma, é inadmissível que o professor se coloque na posição de detentor do saber, da verdade absoluta.

Espera-se que ele esteja, não só aberto a contribuições dos alunos sobre o tema que está sendo trabalhado, mas que se esforce sempre para criar situações de aprendizagem, principalmente se tiver consciência de que o aluno é socialmente situado, buscará novas abordagens a partir das experiências vivenciadas em sua realidade social. 

Reflexão com base em texto de Saviani




[1] Especialista em Gestão e Tecnologias Educacionais e mestrando em Gestão em Organizações Aprendentes pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), turma 2012.

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