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Habermas busca "Reconstruir" o Direito pelo viés dos "Princípios do Estado de Direito", tendo como foco a legitimidade do poder do Estado, tão intimamente ligado ao
“poder político” e ao “poder administrativo”, que em determinados momentos se tornam termos quase que intercambiáveis; privilegia também nessa discussão, o aspecto da legitimidade do próprio direito
e das normas jurídicas.
A discussão é perpassada por um significativo número de princípios considerados pelo autor, fundamentais para a fundamentação, tanto do poder político quanto do direito, sob o crivo da legitimidade.
A discussão é perpassada por um significativo número de princípios considerados pelo autor, fundamentais para a fundamentação, tanto do poder político quanto do direito, sob o crivo da legitimidade.
Habermas
introduz a temática reportando-se à concepção de que, em sociedades de
pessoas livres e iguais, cada membro possui direitos fundamentais que,
idealmente, devem ser reconhecidos reciprocamente pelos indivíduos; porém, na
prática não é o que geralmente acontece, gerando conflitos e litígios que
precisam de uma solução.
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Nesse
contexto, os conflitos e/ou problemas,
segundo o autor, eram solucionados mediante o uso de duas técnicas de solução
de problemas, a saber: arbitragem de litígios e formação coletiva da vontade.
Estabelecendo
a diferença entre essas duas técnicas, ele ensina que “A arbitragem do litígio
refere-se à estabilização de expectativas de comportamento, no caso de
conflito, ao passo que a formação coletiva da vontade refere-se à escolha e
realização efetiva de fins capazes de consenso”. (p. 177).
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Resumindo, os conflitos envolvem, basicamente, dois aspectos: valores (morais/éticos/religiosos) e interesses (interpessoais ou coletivos). A resolução de conflitos que envolvem valores é realizada através do consenso; enquanto a resolução de conflitos que envolvem interesses é realizada por meio de arbitragem, traduzida na compensação de interesses.
Nas comunidades modernas,
denominadas pelo autor de “comunidades
jurídicas modernas”, sentiu-se
a necessidade de “uma instância central autorizada a agir em nome do todo”. (p.
170).
Surge, então, a figura do Estado, e do conceito de Estado de direito, que são discutidos na segunda parte desta resenha.
Surge, então, a figura do Estado, e do conceito de Estado de direito, que são discutidos na segunda parte desta resenha.
Considerações sobre a importância da temática abordada nesta série de artigos para o Gestor/Educador aprendente:
O Gestor/Educador aprendente precisa estar afinado com o pensamento de teóricos que têm importantes produções nas diversas áreas do conhecimento humano, para que possa ter uma visão holística de sua relação com as pessoas e organizações.
Dessa forma, compreendendo os fundamentos do direito e da democracia, bem como os vieses políticos que perpassam essas relações, se posicionará com mais propriedade diante das múltiplas situações que tem de enfrentar na sua lide.
Neste caso, Jünger Habermas conquistou o reconhecimento e respeito da comunidade acadêmcia, como pensador moderno, por meio de seus trabalhos profícuos sobre direito e política, e suas ideias sobre democracia.
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Um abraço fraterno.
Leia também a biografia e o Pensamento de Habermas
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